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Cem Anos de Braguinha Rendem Homenagens no Rio e em Sp
Cem anos de Braguinha rendem homenagens no Rio e em SP
São Paulo e Rio de Janeiro, 29/03/2007 - Não existe um brasileiro que não tenha dançado, entoado, assobiado e se divertido ao som de uma canção de Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha. Autor e co-autor de sucessos que atravessam gerações, como "Yes, nós temos banana", "Pastorinhas" , "Copacabana" e "Pirata da perna de pau", Braguinha, foi um dos compositores mais longevos e versáteis do Brasil.
Também conhecido como João de Barro —pois seu pai não queria o nome da famíla associado à música popular— Braguinha atuou com sucesso em vários gêneros musicais, como marchinhas de carnaval, samba, músicas juninas e músicas infantis – quem não se lembra da famosa coleção de disquinhos coloridos? Para as crianças, alias, ele deixou várias canções inesquecíveis, como "Pela estrada afora", de "Chapeuzinho vermelho", e "Quando meu príncipe vier", de "Branca de Neve", cantada por Dalva de Oliveira.
Braguinha faleceu em 24 de dezembro do ano passado, aos 99 anos. Por pouco, o autor de mais de 400 canções — muitas delas feitas ao lado de parceiros como Alberto Ribeiro e Noel Rosa— acabou privado de testemunhar a infinidade de homenagens para comemorar os 100 anos de vida que completaria hoje, 29 de março. Mas mesmo sem a presença dele, a data histórica não passará em branco.
Para celebrar os 100 anos do mestre, o selo Revivendo lançou no mercado a coletânea "100 anos de alegria", que reúne 20 grandes sucessos de Braguinha e seus parceiros, lançados entre 1933 e 1957 e entoados por nomes como Almirante, Mário Reis, Aurora Miranda e Sílvio Caldas. Estão lá as gravações originais de clássicos absolutos de nossa música – caso de "Chiquita Bacana" e "Balancê" – e algumas composições hoje menos lembradas pelo público, como "Trenzinho de amor" e "Nada de novo na frente ocidental". As raridades foram garimpadas
do acervo de Leon Barg, organizador da coletânea, dono de um acervo de mais de 65 mil músicas em 78 rotações. "Conseguimos recuperar as gravações originais sem prejuízos e pudemos eliminar alguns inconvenientes dos discos de 78 rotações, como os chiados e interrupções no som", conta Barg.
O Rio de Janeiro, cidade natal do compositor, será palco de vários eventos comemorativos. Na próxima terça-feira, o Centro Cultural Banco do Brasil inicia uma série de espetáculos semanais dedicados a retratar as múltiplas facetas de Braguinha. Cada terça-feira de abril destacará um dos gêneros musicais experimentados pelo compositor. O Arte Sesc, no Flamengo, também expressa as devidas congratulações. Reservou sete salas para exibir uma majestosa exposição onde foi montada uma réplica de um dos estúdios da Rádio Nacional, onde os visitantes podem interagir e cantar músicas do autor em microfones pedestais PRK 30, usado na era de ouro do rádio.
Na exposição, um documentário inédito transporta o espectador aos anos 50, por meio de imagens de carnavais, fotos e vídeos, além de depoimentos de parentes e amigos. "Papai era uma pessoa extraordinária. Nossa vida sempre foi cercada de muita alegria, música e passeios por Copacabana. Nosso programa predileto era beber guaraná e comer batata frita nos bares da orla", lembra Maria Cecília Braga, filha de Braguinha e curadora da mostra do Sesc. "A canção `Fim de semana` retrata muito bem a vida que levávamos em nossa casa em Paquetá. Papai adorava o momento da pescaria, isso lhe dava muito prazer".
Em São Paulo, a Universidade Livre de Música promove de hoje ao dia 2 de abril uma audição comentada da obra de braguinha, seguida de um show. A audição é organizada pela jornalista Mônica Soutello, e o show fica a cargo da cantora gaúcha Letícia Oliveira. Entre os dias 15 e 17 de abril, o SESC Ipiranga abriga o espetáculo multimídia "Baião de dois", organizado pela artista plástica Sarah Golman Belz, por seu filho, o cantor Cláudio Goldman e por mais um quarteto de músicos.
Seja através de discos, shows ou exposições, a obra de Braguinha merece ser (bem) apreciada. Como bem afirma Leon Barg: "Em qualquer escala que se use, Braguinha merece sempre a nota máxima, tanto como compositor quanto como pessoa musical. Ele atuou com êxito em várias frentes e marcou muito a música brasileira. Em alcance e glória, não há quem que se compare a ele".
Julia Garcez e Peter Barcelos
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