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De 78 Rotações ao Long-play

De 78 Rotações ao Long-Play 
 
SUCESSO inicia série que conta a história do disco no país, sob a ótica de Alfredo Corletto, ex-executivo que atuou durante mais de 50 anos no mercado. Nesta primeira matéria, apresentamos um breve resumo do que ocorreu nas décadas de 1930 e 1940 
 
O consumo de música está mudando na velocidade de um clique no mouse. Graças às novas tecnologias de gravação, reprodução, armazenamento e difusão, principalmente pela internet, práticas como o download de faixas, e produtos como o i-Pod, conquistam a cada dia legiões de adeptos ao redor do mundo. Ao que parece, o CD e o DVD em nível mundial estão fadados a se tornarem obsoletos em breve.  
Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que a evolução tecnológica ocorria a passos mais modestos, e a realidade do próprio mercado era bem diferente. As novidades, quando surgiam, podiam levar até anos para chegar aos outros cantos do planeta. Por aqui, o mercado evoluia conforme as peculiaridades do país. 
Em um momento como o atual, em que a indústria fonográfica internacional passa por transformações cruciais, a revista SUCESSO inicia uma série de matérias, nas quais pretende retratar um pouco da história do disco no país: sua implantação, as primeiras inovações tecnológicas, o surgimento dos primeiros artistas consagrados da música brasileira e as conseqüentes mudanças que o nosso mercado viveu até se tornar o que é hoje. Nesta primeira matéria, apresentamos um breve resumo dos anos 30 e 40.  
O disco começou a ser comer-cializado por aqui no início do século 20. A primeira gravadora do país foi a Casa Edison, fundada em 1902, no Rio, pelo tcheco Fred Figner. Inicialmente era um estabelecimento que comercializava eletrodomésticos. Já em 1912, a Odeon (hoje EMI Music) inaugurou a primeira fábrica de discos no país, e Figner tonou-se vendedor exclusivo da companhia. Nos anos posteriores, outras multinacionais aportaram, como a Columbia (depois Sony, hoje fundida com a BMG) e a Victor (que depois veio a se chamar RCA Victor, atual BMG). Paralelamente, também foram surgindo as primeiras editoras, como Irmãos Vitale, Casa Manon e Casa Sotero, especializadas na publicação e comercialização de partituras, principalmente de obras de música clássica, e instrumentos.  
Seguindo o padrão internacional, o mercado brasileiro trabalhava com o disco de 78 rotações, que tinha dez polegadas de diâmetro. Além de ser frágil, a ponto de quebrar, o disco de 78 rpm, inicialmente, comportava apenas uma música – e depois, num segundo momento, uma faixa de cada lado. As gravações, precárias e feitas pelo processo elétrico, e logo depois pelo magnético, eram ao vivo em um canal, o que não permitia qualquer tipo de erro por parte de intérprete e músicos.  
Em 7 de setembro de 1922 o disco passou a contar com um poderoso meio de difusão: o rádio, implantado no país por ocasião da Exposição Internacional do Centenário da Independência, ocorrida no Rio.  
O processo de popularização do disco se daria efetivamente só a partir dos anos 30. “O disco, em seus passos iniciais como produto, teve o mérito de unir, com os mesmos objetivos, as gravadoras, as emissoras de rádio, a indústria eletro-eletrônica, notadamente de rádios, gramofones e vitrolas, e os revendedores. Essa união tornou-se benéfica para todas as organizações envolvidas”, ressalta Alfredo Corleto, um dos primeiros executivos a destacar-se no mercado. Com mais 50 anos de carreira profissional, ele passou por companhias como Chantecler, Continental, RGE e Inter CD. Corleto iniciou sua trajetória na RCA, incentivado por Ari Walter Cadena, executivo que trabalhava com Cassio Muniz, então representante da empresa em São Paulo.  
SUCESSO NO EXTERIOR – Apesar de já estar sendo produzido no país, o disco ainda era um luxo restrito a poucos na década de 30. “Os discos eram caros. Lembro que uma vez meu pai comprou um disco de 78 rpm e pagou, na época, 10 mil-réis, o que era muito dinheiro. E havia ainda a agulha, que você tinha que trocar a cada quatro, cinco discos tocados”, rememora Biaggio “Braz” Baccarin, outro executivo que teve participação ativa nas primeiras décadas do mercado fonográfico, tendo sido diretor artístico da Chantecler, dentre outras companhias.  
Essas dificuldades técnicas e comerciais não impediram o surgimento dos primeiros astros da música brasileira, como Francisco Alves, Silvio Caldas, Vicente Celestino, Carlos Galhardo, Orlando Silva, Mário Reis e Aracy de Almeida, dentre tantos outros, que, com seu talento, deram o primeiro grande impulso ao ainda incipiente mercado fonográfico nacional. Todos eles alcançaram projeção nacional graças ao rádio, até então o único meio de comunicação acessível para a grande maioria da população. A partir da década de 30, o rádio viveu sua fase áurea, que durou até fins dos anos 40, e consagrou a fórmula dos antológicos programas de auditório que, transmitidos ao vivo, sempre apresentavam atrações musicais. No Rio, destacavam-se as rádios Nacional, Phillips e Mayrink Veiga. Em São Paulo, as principais eram Record, Tupi, Cruzeiro do Sul e Bandeirantes. 
Esta última, aliás, ao unir-se em 1929 à emissora homônima do Rio, formou a Cadeia Verde-Amarela, primeira rede brasileira. 
Nascido em Leme (interior de São Paulo), Baccarin conta que a primeira vez que ouviu rádio foi em 1939. “No interior havia poucas emissoras. Que eu me lembre só havia uma em Rio Claro e outra em Pirassununga”, assinala. Foi pelo rádio que ele ouviu uma música que marcou sua infância: A Jardineira. “Era muito fácil de cantar e havia sido gravada pelo Orlando Silva, um ícone musical da época”, recorda-se. 
As canções de maior sucesso eram as marchinhas de carnaval. Muitas tornaram-se clássicos e revelaram compositores fundamentais na história da música brasileira, como Lamartine Babo, Ary Barroso, Braguinha, Noel Rosa, Sinhô, Joubert de Carvalho, Assis Valente, Custódio Mesquita, Benedito Lacerda e André Filho, dentre outros.  
Boa parte das marchinhas ganhou sua versão definitiva na voz de Carmem Miranda, uma das primeiras artistas a fazer sucesso no exterior. Carmem fez sua estréia fonográfica em 1929 com o disco que continha o samba Não Vá Simbora e o choro Se o Samba é Moda. O estouro em sua carreira veio com a marchinha Pra Você Gostar de Mim (Taí), de Joubert de Carvalho, cujo disco vendeu mais de 35 mil cópias, um recorde para a época. A cantora era acompanhada pelo grupo Bando da Lua, liderado por Aloisio de Oliveira. “Em anos futuros, Aloisio tornou-se um dos maiores produtores de disco, de trilhas sonoras, inclusive para os estúdios Walt Disney. Foi fundador da gravadora Elenco e um dos líderes da Bossa Nova”, destaca Corleto. 
Em 1939, convencida por um empresário americano, Carmem e o Bando da Lua foram trabalhar nos Estados Unidos. Em Hollywood, ao adotar o modelito de baiana que a celebrizou, a “Brazilian Bombshell”, como ela ficou conhecida por lá, tornou-se uma das principais estrelas do cinema, tendo atuado em vários filmes.  
Para que o país se tornasse efetivamente um mercado consumidor, as gravadoras também incrementaram o lançamentos de discos internacionais. “Até então, essa prática era realizada de maneira mais restrita”, observa Corleto. Assim, o público brasileiro passou a ter mais acesso a discos de artistas e big bands americanas, de grupos de jazz, de intérpretes da música francesa e latina em geral, além de trabalhos de Enrico Caruso (já falecido na época), Carlos Gardel (que viria a falecer em 1935), Beniamino Gigli e Tito Schipa, todos já há muito consagrados no exterior.  
NOVAS GRAVADORAS – Os anos 40 começaram com um avanço significativo na técnica de gravação: a fita magnética. “Com o advento desse novo sistema, a sonoridade melhorou, porém o disco continuou a ser em 78 rotações. A gravação ainda era em um canal, tendo que ser feita, ao mesmo tempo, com todos os envolvidos: intérprete, coro e músicos”, ressalta Corleto.  
O produto ainda demandava cuidado extremo no manuseio, principalmente do técnico de estúdio. “Ele era responsável por um trabalho minucioso: a transferência da fita para o acetato, operação que exigia toda a habilidade e sensibilidade para que o nível de som do tape não fosse prejudicado. Após essa operação, o acetato era enviado à fábrica, que recebia um banho de galvonoplastia, dando origem à madre. Dessa, por sua vez, saía a matriz (o negativo), que ia para a prensa e tornava o disco em positivo, pronto para ser tocado”, explica Corleto.  
Com a perspectiva de crescimento do mercado fonográfico, novas gravadoras foram aparecendo, como a Star, criada em 1940 pela editora Irmãos Vitale, e que posteriormente virou a gravadora Copacabana. Em 1943 é fundada a Continental, cuja origem está ligada à fábrica Byington &Co., que até então representava a Columbia no Brasil. Já em 1945, surge outra importante gravadora que, décadas mais tarde, tornaria-se uma das majors do mercado: a Sociedade Interamericana de Representações – Sinter –, que sucessivamente passaria a se chamar Companhia Brasileira de Discos (CBD), CBD-Phonogram, Polygram, Polygram do Brasil e, já no fim dos anos 90, Universal Music. 
Em termos musicais, o país dava sinais de que era uma terra fértil em genêros e manifestações, prontos a serem descobertos. Dos rincões do país emergiram intérpretes, grupos e músicos entoando canções com raízes fincadas na cultura popular. Um dos gêneros que começou a ganhar projeção nacional foi a música caipira (ou sertaneja). As primeiras modas de viola foram gravadas já em fins dos anos 20 numa série de discos produzidos por Cornélio Pires para a gravadora Columbia. Assim, ao longo dos anos 30 e, sobretudo 40, despontaram artistas como João Pacífico e Raul Torres, e duplas pioneiras, como Jararaca & Ratinho, Alvarenga & Ranchinho e Tonico & Tinoco, que já rodavam o país com apresentações em circos.  
A música e a cultura do Nordeste também passou a ter representatividade na figura de um sanfoneiro pernambucano: Luiz Gonzaga, que logo recebeu a alcunha de “Rei do Baião”. Fixado no Rio, Gonzagão também iniciou sua carreira por meio da rádio. Depois, passou a adotar a indumentária de um autêntico nordestino. Além de clássicos como Asa Branca (composta em parceria com Humberto Teixeira) e Xote das Meninas (em parceria com Zé Dantas), dentre inúmeros outros, Gonzagão passou a construir uma extensa discografia, recheada de gêneros como forró, xote, xaxados e cocos.  
CINEMA E LONG-PLAY – Diante dessa fartura musical, as gravadoras foram adotando mudanças em suas estruturas e departamentos. “As companhias começaram a buscar novos talentos para serem agregados ao seus elencos e a pensarem mais objetivamente em seus setores comerciais, que passaram a ir a campo sempre com a finalidade de ampliar o mercado”, assinala Corleto. Por consequência, irrompem em disco os talentos de outros futuros astros como Nelson Gonçalves, Dick Farney, Dalva de Oliveira, que integrava o Trio de Ouro ao lado de Herivelto Martins e Nilo Chagas, Elizeth Cardoso, Isaura Garcia e as irmãs Linda e Dircinha Batista. Muitos deles, tal qual ocorreu com os intérpretes da geração de 30, vieram do rádio, que prosseguia reinando absoluto no gosto do público.  
Enquanto isso nos Estados Unidos, Carmem Miranda (junto com o Bando da Lua), tornava-se a primeira artista da música brasileira a fazer sucesso nas paradas americanas com a clássica marchinha Mamãe Eu Quero, de Jararaca. Por aqui o cinema começava a virar realidade com as fundações da Atlântida no Rio em 1941, e da Vera Cruz em São Bernardo do Campo (São Paulo) em 1949. Muitos dos filmes produzidos pelas duas companhias foram musicais, como as chanchadas da Atlântida que marcaram época, estrelados por diversos intérpretes e grupos. De certa forma, tais musicais anteciparam a estética dos video-clipes, que nos anos 80 se tornariam importantes peças de divulgação e promoção da indústria fonográfica. 
Ao final da década de 40, mais inovações vieram chacoalhar a indústria fonográfica internacional. A gravadora norte-americana Columbia lançou em 1948 o long-play (LP), formato com o qual revolucionou o mercado. Com 33 1/3 rotações, o LP era feito de vinil, material mais leve, maleável e resistente do que a cera usada nos discos de 78 rpm, que continuariam a ser fabricados até os anos 60. Além disso, os sulcos do LP apresentavam nível de ruído bem menor. Em 1949, a RCA americana contra-atacou e introduziu no mercado os singles (compactos) de 33 e 45 rpm, nas versões simples e duplos.  
Ao adotar o LP, a indústria fonográfica nacional iniciaria a década de 50 transbordando confiança, investindo cada vez mais no crescimento do consumo e na consolidação do disco. 
 
Texto gentilmente cedido por MARCIO FURUNO 
REVISTA SUCESSO 


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