Musica 
Revivendo resgata o melhor de Edith Veiga 
Thiago Marques Luiz 
 
 
Como sempre preservando a história da cultura musical brasileira, o selo Revivendo dá prosseguimento às suas atividades, lançando na próxima semana uma coletânea inédita da cantora Edith Veiga, que ficou conhecida nos anos 60 e 70 como “Rainha do Bolero”, ou, como Chacrinha a chamava, “As Pernas Que Cantam”... 
 
São 18 gravações originais dos primeiros trabalhos da cantora em som totalmente remasterizado. Fora os boleros e os samba-canções no mais puro estilo “dor-de-cotovelo”, há para todos os gostos: samba (Vem Chegando a Madrugada), tango (Desespero, grande sucesso das noites de boemia paulistana dos anos 60), bossa-nova (Canto de Ossanha, de Baden Powell e Vinicius de Moraes), choro (Pedacinho do Céu, de Waldir Azevedo, lançado originalmente pela “Rainha do Choro”, Ademilde Fonseca) e até uma balada romântica jovem guarda, composta por Sérgio Reis, em 1967 (Volta Logo). 
 
Outros grandes destaques são Eu Te Amei, Eu Te Amo, Eu Sempre Te Amarei (sucesso que trouxe a cantora de volta às paradas em meados da década de 70), Conselho (gravado na época também por suas contemporâneas Maysa e Lana Bittencourt), Maldito (sucesso de Altemar Dutra, lançado pela própria Edith no seu LP “Sozinha”, de 1962), Sei Lá... Sabe (canção romântica feita especialmente para a artista pelo saudoso sambista Noite Ilustrada), além, claro, do sucesso Faz-Me Rir, que inclusive dá título à coletânea. 
 
 
Assim como em todo lançamento da Revivendo, o encarte vem acompanhado de uma ótima biografia, dados completos das gravações e letras de todas as músicas. 
 
 
Edith Veiga continua sua carreira firme e forte. Tem se apresentado por todo o Brasil, sempre com grande receptividade; e prepara, para breve, o lançamento de um novo CD com regravações e músicas inéditas, inclusive de sua autoria. 
 
 
Enquanto isso, o público fica com o CD da Revivendo, uma ótima pedida! 
 
 
Som livre lança as melhores do “Araketu” 
 
 
Um dos grupos que mais vendem discos no Brasil deve ganhar em breve disco de ouro da Som Livre por conta da coletânea “O Melhor do Araketu”. Nas lojas há poucas semanas, o disco está entre os mais vendidos, talvez até por conta da propaganda exibida diariamente no horário nobre da Rede Globo. 
 
 
Fora sucessos puxados mais para o axé (Araketu Bom Demais, Pipoca, Ô Meu Pai e Avisa a Vizinha), o lado romântico do repertório também se destaca (Mal Acostumado, Sempre Será, Amantes e Face Oculta).  
 
 
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