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Popular, Erudito e Belo
Popular, erudito e belo
Regina Machado é graduada em música pela Universidade Estadual de Campinas. É professora de canto popular e erudito e tem uma escola, chamada Canto do Brasil. Fez curso de vocal de jazz na Manhattan School of Music, de Nova York.
Apenas essas referências acadêmicas talvez não justifiquem a chegada da cantora de 35 anos à gravação de um disco.
Mas, como a grande maioria das pessoas ligadas à música, Regina não ficou só nas salas de aula.
Ela também foi vocalista de Tom Zé. Idealizou e produziu espetáculos musicais ao lado de José Miguel Wisnik. Produziu também o show “Bons Encontros”, do violonista Marco Pereira e do pianista Cristovão Bastos, com participação de Gal Costa. Apresentou um concerto sobre canções de Bizet.
As aventuras musicais no palco fatalmente a levaram ao estúdio para a gravação de seu primeiro álbum, “Sobre a Paixão” (Dabliú).
Um disco de estréia de alto risco, que aposta na sempre perigosa mescla de repertório popular e erudito.
Ao lado de Caetano Veloso (“Este Amor”) e Chico Buarque (“Uma Menina”), Regina Machado coloca Schumann cantado em alemão e Fernando Obradors (compositor espanhol do começo do século).
Adicionando mais riscos ainda ao debut, a cantora ataca também de compositora em outras tantas faixas do álbum. Em uma delas, a bela “São Paulo”, ela escreve:
“Esse clima assim meio urbano / Europeu meio baiano / Que seduz em pensamento / Faz a paixão brotar / Transitando em pleno ar / E um desejo perpassa a pele / Rompe essa carne nua / Atravessa tantas camadas até vai bater na lua / Que ilumina essa cidade”.
Os versos acima denunciam a beleza desse disco. Digno de nota é a participação do arranjador e produtor Mário Augusto Aydar – mais conhecido como Mário Manga, um dos fundadores do Premeditanto o Breque.
Ele embalou a interpretação sóbria e delicada de Regina Machado com um belíssimo papel de presente em forma de uma requintada instrumentação erudita, formada por um quarteto de cordas, percussão e violão.
Com esse álbum, Regina Machado conta ter encontrado a síntese dos universos musicais – o erudito e o popular – com os quais se identifica e que fazem parte de sua vida. O resultado a deixou satisfeita. O ouvinte, por sua vez, compartilha dessa satisfação.
Revivendo Tom Jobim
São 76 faixas colocadas em três cds. É a coleção “Tom Jobim – Raros Compassos”, lançada recentemente pela Revivendo.
O compositor – que desenvolveu uma longa, consistente e imperecível trajetória na música brasileira – é mostrado nesta coleção através de gravações meio ou completamente desconhecidas.
Os registros foram feitos tanto por nomes de expressão – Dick Farney, Claudete Soares, Rafael Rabello, Elza Soares e Agostinho dos Santos, entre outros – como por artistas menos famosos.
Do ponto de vista histórico, a coleção é indispensável e revela várias interpretações que, antes, estavam relegadas ao fundo do baú.
Algumas delas são preciosidades. Herivelto Martins, por exemplo, dá uma versão carnavalesca para “A Felicidade”. O mesmo faz Marisa Gata Mansa para “Chega de Saudade”.
“Se Todos Fossem Iguais a Você” tem interpretação de Vicente Celestino. Peça rara.
Uma suposta dupla caipira, chamada Mara & Cota, que não passou dessas duas gravações de 78 rotações, dá sua contribuição para a obra de Jobim recriando “Eu Sei que Vou Te Amar” e “Eu Não Existo Sem Você”.
Outra curiosidade a Revivendo foi buscar em uma gravação que estava fora da discografia jobiniana, conseguindo extrair da trilha sonora do filme “Porto das Caixas” (1962, direção de Paulo César Sarraceni) as músicas “Derradeira Primavera” e “Valsa Porto das Caixas”. Quem canta são os próprios atores do filme.
Jersey Gogel é jornalista e produtor da rádio Universidade FM
jgogel@sercomtel.com.br
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