O Poeta da Vila e Filósofo do Samba
NOEL de Medeiros ROSA (1910-1937), carioca de Vila Isabel, gênio da música popular brasileira, mesmo tendo falecido com 26 anos, deixou uma obra inversamente proporcional ao pouco tempo que passou na terra.
Tão grande melodista quanto letrista, O Poeta da Vila e Filósofo do Samba, permanece cada vez mais atual e na admiração de todos, mesmo da nova geração, quando se lhe dá a oportunidade de conhecer as maravilhas que deixou. A Revivendo Músicas tem procurado oferecer periodicamente, suas gravações originais. Em breve, lançará mais um CD. de Noel. Episódio engraçado aconteceu numa delas, a do samba Pela Primeira Vez, da parceria Noel -Cristóvão de Alencar, de 1936.
Na estação, na hora de partir o trem
ela me vendo a chorar, chorou também
Depois fiquei olhando a janela
até sumir numa "esquina" o lenço dela...
Cantava Orlando Silva, prestes a ser o Cantor das Multidões, estando presente no estúdio Noel. Quando a orquestra voltou a solar, Noel cochichou a Orlando: Trem faz curva e não dobra esquina! Na repetição, Orlando corrigiu, mas ficou "esquina", para todo o sempre, no começo da gravação.
Esta e outras páginas de Noel, com ele e outros intérpretes, estarão nesse novo CD., cujo título será Que Se Dane, tirado de um samba muito raro com esse nome, cantado por Leonel Faria, em 1932, na Colúmbia.
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