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Curiosidades
O Frevo na Bahia



O Frevo na Bahia

Por Leonardo Dantas Silva

Gerado e crescido nas ruas centrais do Recife, o Frevo Pernambucano passou a ser uma constante nos repertórios das mais diferentes bandas de música e conjuntos de metais do Nordeste, conquistando, assim, simpatizantes muito além das fronteiras de sua região.

Em 1951, o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas do Recife, atendendo a um convite do seu congênere do Rio de Janeiro, excursionou à Cidade Maravilhosa com todos os seus integrantes e músicos como passageiros de um navio do Loyde Brasileiro.

Tal viagem, ainda hoje na lembrança dos mais antigos, veio mudar a história do Frevo Pernambucano.

O Clube Vassourinhas levara consigo “uma fração da Banda da Polícia Militar de Pernambuco, composta de 65 músicos sob a regência do tenente João Cícero”, a fim de acompanhar todas as suas apresentações. Para isso foi confeccionado um riquíssimo estandarte, no qual foram utilizados fios de ouro e pedrarias, que veio a ser presenteado pelo Governo do Estado. Em pouco tempo reuniu-se grande número de associados que deveriam apresentar-se nos seus cordões, ostentando suas ricas fantasias e destaques nas ruas do Rio de Janeiro durante aquele carnaval.

Completo o clube saiu de sua sede social no bairro de São José, formando na Rua das Calçadas, como se fora fazer o seu “passeio” pelas ruas do Recife, com João de Emília, o seu primeiro porta-estandarte, envergando rica fantasia Luiz XV e, ao som de sua Marcha n.º 1, embarcou no cais do porto com destino à Cidade Maravilhosa. Dias depois, ao aportar em Salvador, cidade bucólica que ainda via os carnavais com as famílias povoando de cadeiras as calçadas da Avenida Sete de Setembro, o Clube Vassourinhas foi convidado a fazer uma apresentação nas ruas da capital baiana. Para o seu programado passeio através das ruas da cidade do Salvador, os integrantes do clube cruzaram o portaló do navio, desceram as escadas e foram organizar o seu préstito no cais.

Com o seu rico estandarte alçado ao vento, morcegos abrindo a multidão, formando alas em torno dos porta-estandartes, balizas puxando os cordões, damas de frente e fantasias de destaque, diretoria vestida a rigor, ganhou às ruas. Tudo sob o acompanhamento daquela fanfarra de 65 músicos, o maior conjunto de metais já visto na Bahia até então. Com seus metais em brasa, a banda militar que por tantas noites ensaiara sob a batuta de João Cícero, em pleno leito da Rua das Calçadas no bairro recifense de São José, estava ali pondo fogo nas ruas da capital baiana e fazendo a história da música popular brasileira. Ao ingressar na Avenida Sete, ao som de sua Marcha nº. 1, composta em 1909 por Joana Batista e Matias da Rocha e conhecida nacionalmente como o Frevo dos Vassourinhas, a turba que acompanhava o clube tomou-se de delírio.

No repertório de sua orquestra, outros frevos instrumentais se seguiram, alguns especialmente compostos para aquela primeira excursão fora do Recife: Vassourinhas no Rio, de Carnera (Felinto Nunes de Alencar), Vassourinhas está no Rio, de Levino Ferreira, e Um pernambucano no Rio, de Capiba. Com o Vassourinhas nas ruas, os diabos tomaram conta de Salvador e o baiano, que não conhecia o frevo ao vivo executado por uma fanfarra de 65 músicos pernambucanos, enlouqueceu ao aderir à onda e aos pulos, pois nunca conseguiu aprender os verdadeiros passos do frevo. Tal comportamento veio atropelar tudo que encontrava em sua frente.

Após alguns quilômetros de itinerário, percorrendo toda Avenida Sete de Setembro, o Vassourinhas veio a ser atropelado pela multidão que vinha em seu rastro. Não acostumada ao acompanhamento de um clube de frevo, onde a orquestra, como se fosse um andor de procissão, é intocável, a turba baiana terminou por atropelar os músicos provocando com isso vários acidentes pelos encontrões com os mais exaltados. Já apresentando baixas em sua fanfarra de metais, com alguns músicos com os lábios feridos pelo impacto com os foliões, o Clube Vassourinhas foi buscar refúgio no Palácio do Governo encerrando, assim, aquela primeira incursão em terras baianas.Não é preciso dizer que aquele único desfile pelas ruas de Salvador veio se transformar em grande revolução nos meios musicais do país: no mesmo carnaval de 1951,

Dodô e Osmar, que no carnaval de 1950 já haviam saído com serviço de amplificação de um pequenino conjunto de cordas e percussão, montado na carroceria de um velho Ford 29, voltaram às ruas de Salvador em 1951 executando o repertório de frevos do Clube Vassourinhas do Recife. Inicialmente só dois instrumentos, a guitarra baiana e o violão elétrico, passando no ano seguinte para três com a inclusão do violão tenor, o triolim, surgindo assim o trio elétrico que veio a se tornar uma verdadeira revolução no carnaval brasileiro. Ou como melhor explicou Morais Moreira, no carnaval de 1980, nas estrofes do seu Vassourinha Elétrica ¹.

¹ Morais Moreira, Vassourinha elétrica, Trio Elétrico, disco WEA BR 82001-B.

Varre, varre, varre Vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Frevo, chuva de frevo e sombrinhas
Metais, em brasa, brasa, brasa que ardia
Varre, varre, varre Vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Abriu alas e caminhos pra depois passar
O trio de Armandinho, Dodô e Osmar…

E o frevo que é pernambucano, ui, ui, ui, ui
Sofreu ao chegar na Bahia, ai, ai, ai, ai
Um toque, um sotaque baiano, ui, ui, ui, ui

Pintou uma nova energia, ai, ai, ai, ai
Desde o tempo da velha fubica, ah, ah, ah, ah…
Parado é que ninguém mais fica
É o frevo, é o trio, é o povo
É o povo, é o frevo, é o trio
Sempre juntos fazendo o mais novo
Carnaval do Brasil

O que contaríamos em algumas páginas, é resumido nessas estrofes de Vassourinha Elétrica, composto por Morais Moreira para o carnaval de 1980, Trio Elétrico, disco WEA, BR 82001-B. A partir de 1952 o trio de Dodô (Adolfo Nascimento) e Osmar (Osmar Macedo), passou a sair num caminhão iluminado de lâmpadas florescentes, dois geradores, oito alto falantes, sob o patrocínio da fábrica de refrigerantes Fratelli Vita, de propriedade do industrial pernambucano Miguel Vita. – A presença de Armandinho só vem acontecer no final do ano de 1974.

No rastro da novidade de Dodô e Osmar foram surgindo, no carnaval da Bahia, outros trios — Tapajós, Marajós, Tabajaras… —, com as suas formações já modificadas pela inclusão de mais uma guitarra, um contrabaixo elétrico, quatro surdos, quatro bombos menores, quatro caixas, pratos, bateria e, nos dias atuais, os “indispensáveis” teclados.

O contrato com a Fratelli Vita terminou em 1957 e, dois anos depois, o Trio Elétrico de Dodô e Osmar foi contratado pela Coca-Cola para o Carnaval do Recife, coincidindo, assim, com o “Carnaval da Vitória” de Cid Sampaio, que havia tomado posse no Governo de Pernambuco em 31 de janeiro de 1959. O sucesso da época era um frevo-de-bloco de Nelson Ferreira, que utilizou o refrão da campanha, então na boca de toda gente – “o povo é que diz Cid” –, e logo se tornou o preferido do repertório dos baianos:

O Bloco da Vitória está na rua
desde que o dia raiou…
Venha, minha gente, prô nosso cordão,
que a hora da virada chegou!
Quando o povo diz Cid
cair na frevança não há quem dê jeito…
Agüenta o rojão, ficar sem comer
mas no fim, hei!
Tá tudo okei!
Neste carnaval
qua! qua! qua! qua!
o prazer é gargalhar …
E com bate-bate de maracujá
a nossa vitória
vamos festejar.


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