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Biografias |
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Dalva de Oliveira
VICENTINA DE PAULA OLIVEIRA (1917 - 1972), seu nome de registro, nasceu em Rio Claro, SP, filha de um ferroviário que gostava de tocar e cantar em festas e em grupos de serestas. Estimulada e conduzida pelo pai, a menina Vicentina começou assim a desenvolver seu talento inato.
O falecimento do pai forçou a família, mãe e quatro filhas na ocasião, a mudar-se para a capital paulista. As meninas - Dalva era a mais velha - ficaram internadas num lar-escolar de crianças pobres, a fim de permitir que D. Alice trabalhasse em serviços domésticos. Dalva receberia então noções musicais. Logo estaria também trabalhando com a mãe. No hotel Metrópole, quando fazia a arrumação fazia salão de música, foi surpreendida pelo maestro da casa a cantarolar. Veio daí sua recomendação a aumentar a um empresário, que a levou a mambembar, acompanhada da mãe, pelo interior de São Paulo e até Belo Horizonte, onde a modesta troupe foi obrigada a se dissolver.
Ficou Dalva atuando no rádio mineiro. A etapa seguinte - corria o ano de 1934 - teria de ser o Rio de Janeiro. Para sobreviver, a mocinha magra, de sugestivos olhos verdes e longas tranças, empregar-se-ia numa manufaturara de chinelos, onde de novo é surpreendida a cantar no trabalho. Quem dessa vez percebe suas qualidades é o gerente, Milonguita (Antônio Gomez), cantor de tangos, o mesmo que anos antes havia levado Sylvio Caldas para o rádio. Dalva é aprovada num teste na Rádio Ipanema e passa a atuar em muitas emissoras, recebendo cachês.
Tem então aulas de canto, participa com Vicente Celestino de operetas e do elenco da Casa de Caboclo, com Alvarenga e Ranchinho, Ema D` Ávila e outros. Vem a conhecer Herivelto Martins, que formava com Nilo Chagas a Dupla do Preto e do Branco, e se une a eles para constituir um trio, logo chamado de Trio de ouro. Acontece seu casamento com Herivelto, saem as primeiras gravações do trio em 1937 (Ceci e Peri / Itaquari; Estou Triste Com Você) e o nascimento de dois meninos, Pery (Pery Ribeiro, o grande cantor) e Ubiratã.
Seu prestígio consolida-se cada vez mais nos anos 40. Chega às vezes a gravar sozinha ou em dueto com Francisco Alves. Segredo, de Herivelto Martins - Marino Pinto, em 1947, seria o seu primeiro grande sucesso sozinha, enquanto participou do Trio de Ouro.
Sua separação definitiva de Herivelto Martins, ensejaria a possibilidade, a partir de 1950, de uma carreira solo. Alcança então o ápice da popularidade, bate de vendagens, vence o concurso de Rainha do Rádio de 1951 e, numa viagem à Europa, em 1952, apresenta-se até para a rainha da Inglaterra. Em Londres, nessa ocasião, grava uma série de discos na Odeon, com Roberto Inglez e sua Orquestra.
Já estava casada com o comediante e compositor argentino Tito Climent, o novo lar enriquecido com uma filha adotiva, Dalva Lúcia. Vai então residir em Buenos Aires, onde obtém notável sucesso, a ponto de gravar tangos com Francisco Canaro, que pela primeira vez fazia essa concessão a uma mulher, além disso estrangeira. Nesses anos de Argentina, cerca de dez, não se deixava desligar do Brasil para onde vinha se apresentar e gravar.
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim, partes importantes de sua vida e carreira.
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