MURILO CALDAS
Cantor e compositor (Rio de Janeiro RJ 27/6/1905 - 4/3/1999). É do Bairro de São Cristóvão, assim como seu irmão Sílvio Caldas. Compôs o samba Alô melancia, e foi mostrá-lo a Eduardo Souto, diretor artístico da Odeon. Depois de cantá-lo várias vezes, esperava um cantor indicado para gravar, e, para sua surpresa, foi ele o indicado, tendo saído no disco Parlophon 13345, em 1931, gravando no lado B do disco Desilusão (Ari Barroso). No Carnaval de 1932, gravou na Victor sua marcha Isola, isola, em dueto com Carmen Miranda, e na Columbia as marchas Sobe no bonde (Arlindo Marques Júnior) e A turma lá de casa (Canuto), com sucesso. Nesse ano gravou com Sílvio Caldas o samba Pobre e esfarrapada. Em 1933 gravou de sua autoria o samba Dasacato (com Wilson Batista e Paulo Vieira), fazendo trio com Francisco Alves e Castro Barbosa, e o samba Mossoró, minha nega (Ari Barroso). A partir de 1938, passou a gravar com sua mulher, Lolita França, músicas bem-humoradas e bem-aceitas, tendo viajado pelo Brasil, Uruguai e Argentina. Em 1939 gravou de sua autoria os sambas Lourinha audaciosa e Linha cruzada, e, em 1940, o samba Mulher exigente e a marcha O papai e a filhinha (com Miguel de Lima). Bom sambista, compôs Teleco-teco (com Marino Pinto), interpretado por Isaura Garcia em 1942, com grande sucesso. No Carnaval de 1946, lançou a marcha Marmiteiro (Valdomiro Lobo), muito cantada. De 1931 a 1956, gravou cerca de 37 discos em 78 rpm com 65 músicas, os últimos com sua segunda mulher, a cantora Linda Marival.
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