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Biografias |
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ABEL FERREIRA
Abel Ferreira nasceu em Coromandel/MG em 15.02.1915. instrumentista e compositor, com cerca de 12 anos começou a aprender música e clarineta com os professores José Ferreira de Resende e Hipácio Gomes, em sua cidade. Aos 17, mudou-se para Belo Horizonte/MG e passou a tocar sax alto e tenor, apresentando-se na Rádio Guarani. Em 1935 foi para São Paulo/SP, ingressando na orquestra de Maurício Cascapera. Em seguida mudou-se para Uberaba/MG, onde se tornou diretor artístico da emissora de rádio local. Nessa época participou de um show em Poços de Caldas/MG em que acompanhou as irmãs Carmen e Aurora Miranda. De volta a Belo Horizonte, tocou em 1937 com J. França e sua Banda. Com o mesmo grupo apresentou-se em São Paulo, em 1940 e mais tarde com Pinheirinho e seu regional, na Rádio Tupi paulistana. Gravou suas primeiras composições, o choro Choranhdo baixinho e a valsa Vânia, em 1942, na Columbia de São Paulo, executando solo de clarineta com o acompanhamento do regional de Pinheirinho. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro/RJ, onde passou a tocar com Ferreira Filho e sua Orquestra, no Cassino da Urca, lançando em 1944 uma nova gravação de suas primeiras composições, dessa vez com Claudionor Cruz e seu Regional. Em 1945 e 1946 tocou, respectivamente, nas orquestras de Vicente Paiva e Bené Nunes, apresentando-se em cassinos e na Rádio Globo. Com esses conjuntos musicais, e com o seu grupo, formado em 1947, acompanhou vários cantores importantes da época, como Silvio Caldas, Francisco Alves, Augusto Calheiros, Orlando Silva, Marlene, Emilinha Borba e outros. Em 1949 ingressou na Rádio Nacional onde passou a se apresentar como líder da turma do Sereno; tocou no mesmo ano com Rui Rei e sua Orquestra, gravando na Todamérica seu choro Acariciando (com Lourival Faissal). Com Paulo Taqpajós, seu companheiro na Rádio Nacional, formou em 1952 a Escola Ritmos, que viajou por todo o Brasil. Dois anos depois lançou na Copacabana o LP Jantar dançante e, em 1955, No tempo do cabaré. Viajou em 1957 com seu conjunto em turnê por Portugal e em 1958 integrou o grupo Os Brasileiros, do qual também participavam Sivuca, Trio Iraquitã, Dimas, Pernambuco e o maestro Guio de Morais, em excursão de divulgação de música brasileira em vários países europeus, gravando ainda o LP Os Brasileiros na Europa. Viajou pelos E.U.A. e Havaí, com o pianista Bené Nunes, em 1960, e pela Argentina, com Valdir Azevedo, em 1961. Voltou à Europa em 1964-1965, gravando nesse último ano o disco Abel Ferreira e sua Turma. Visitou a U.R.S.S. e outros países europeus em 1968. Na década de 1970, principalmente a partir do lançamento do LP Pra seu governo, de Beth Carvalho, na etiqueta Tapecar, tornou-se um dos músicos mais requisitados em gravações e shows como acompanhante, no sax e na clarineta. Legítimo herdeiro na categoria do clarinetista Luís Americano, aposentou-se no rádio em 1971, tendo durante esses anos composto vários choros que se incorporaram aos clássicos instrumentais: Doce melodia é um exemplo. Com a redescoberta do choro e a criação do Clube do Choro, no Rio de Janeiro, em meados de 1975, voltou à atividade, passando a apresentar-se ao lado do trombonista Raul de Barros e do flautista Copinha em vários shows de teatro, e ainda, acompanhando entre outros, Beth Carvalho e Raul de Barros. Excrusionou ainda pelo Brasil com Ademilde Fonseca pelo Projeto Pixinguinha. Faleceu em 12.04.1980.
Fontes:
- Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Editora, 1977.
- Abel Cardoso Junior.
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