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Biografias |
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Francisco Petronio
Filho de José Petrone (imigrante italiano) e Filomena César Petrone, neto de calabres e celentanos, casado com Dona Rosa Petrone, três filhos, seis netos, ao contrário do que se pudesse supor, vivo uma intensa atividade artística e particular, requisitado por clubes de todo o Brasil para apresentações, sempre contando com amigos que muito me ajudaram nestes 39 anos, tais como o saudoso Aírton Rodrigues, que um dia me chamou de "A VOZ DE VELUDO DO BRASIL", O Saudoso Edson Curi (Bolinha) por tantas oportunidades em seus programas de TV e a gravadora Continental que me deu todas as oportunidades possíveis, e muitos outros, que na TV ou no rádio. Continuo fazendo o que sempre quis fazer, ou seja, cantar até quando não sei, o tempo dirá, por enquanto não penso em parar.
Nunca fumei, nunca bebi, sempre cuidei da minha voz que graças a Deus ainda não sentiu o peso dos anos, pois continuo cantando nos mesmos tons originais do inicio de minha carreira. INCRÍVEL! Já se passaram 39 anos desde que cantei como profissional pela primeira vez. Tudo aconteceu numa tarde de fevereiro do ano de 1961, aos 37 anos de idade. Estava eu no meu táxi, um chevrolet 1946, no ponto onde estacionava à Rua Libero Badaró, quando subiu no meu automóvel o então saudoso Nerino Silva. Conversa vai, conversa vem eu disse a ele que gostava de cantar, e quando chegamos à TUPI onde ele era contratado Já estava tudo combinado: eu faria um teste na quarta-feira. Tudo bem. lá fui eu com o coração disparado e as pernas bambas, mas era tudo o que eu queria e sonhava. Fiz o teste com outros cantores e por sorte fui naquele mesmo instante contratado para um período de dois anos, onde ia fazer parte de um cast da TV TUPI e também participações na RADIO TUPI. O mesmo Nerino Silva me levou para a Chantecler, onde fui contratado também para gravar o meu primeiro disco 78 RPM, isso, depois de ter mostrado ao Diogo Mulero (Palmeira), então diretor artístico da gravadora, uma fita magnética em que cantava algumas músicas. Foram escolhidas duas músicas: "AGORA", um bolero, e "NÃO ME FALEM DELA", um tango.
O saudoso maestro Elcio Alvares fez os arranjos, e tudo bem, lá estava eu com o meu primeiro disco nas mãos, e com meu nome de batismo FRANCISCO PETRONE. Em 1962 gravei meu primeiro LONG PLAY, em homenagem a minha profissão (motorista de táxi). O nome do LP era "CANTANDO NO PONTO" e na hora de colocar o meu nome no LP, o Palmeira me perguntou se eu não queria mudar de Francisco Petrone para Francisco Petrônio, pois o primeiro estava um pouco italianado. Em 1963, gravei a música "ROMANCE" que me deu o primeiro troféu, o "CHICO VIOLA DO ANO", troféu este instituído pela TV Recorde. Ainda em 1963, gravei "AMOR MAIS PURO", uma canção de autoria do Palmeira, com declamação de Enzo de Almeida Passos, dedicado ao dia das Mães, e o qual até hoje esta em catàlogo. Tambèm em 1963, gravei do Palmeira e Mário Zan a música "NOVA Flor" que mais tarde iria se chamar "LOS HOMBRES NO DEVEM LLORAR", sucesso de novela pela TV GLOBO, numa versão para o espanhol, com um conjunto mexicano, e regravada por Roberto Carlos. Em 1964, fui fazer um SHOW para Enzo de Almeida Passos, na cidade de Bragança Paulista, que tinha na ocasião e teve por muitos anos, um programa dos mais ouvidos pela Rádio Bandeirantes com o nome de "TELEFONE PEDINDO BIS". Na volta do SHOW, em meu carro e com meu amigo violonista Zairo Marinoso, sem querer comecei a cantarolar instintivamente o tema da música que viria a chamar-se "O BAILE DA SAUDADE", e a letra e as rimas vinham se encaixando rapidamente, e com a participação do Zairo montei uma grande parte da música no caminho de volta, mas houve ai um grande detalhe: quando cheguei em casa às três horas da madrugada, antes de dormir eu gravei música e letra, deixando-a registrada no gravador. Quando acordei às nove da manhã, não me lembrava de mais nada, apenas recordei-me da gravação e ato continuo telefonei para a Continental onde o Palmeira tinha assumido a direção artística, e pedi a ele que terminasse a letra da musica, o que imediatamente foi feito. Rapidamente gravada, não deu outra... foi um sucesso total. Embora tivesse sito co-autor da música e letra "O Baile da Saudade" fiz questão de não colocar o meu nome como autor no disco prestigiando meus dois companheiros.
De um simples desejo de gravar aquele primeiro disco em 1961, consegui tudo ou quase tudo que um cantor popular gostaria de gravar em quase todos os ritmos, em português, espanhol e italiano (minhas origens.) Destas gravações poderia destacar os 7 Long. Play que gravei com o saudoso DILERMANDO REIS, com o título UMA VOZ E UM UM Violão EM SERENATA", 2 LPs. em italiano, onde alem das canções tradicionais em dialeto napolitano, tem também dois trechos de opera, "UMA FURTIVA LACRIME" e E` LUCEVAN L` STELE" da TOSCA. A série o "BAILE DA SAUDADE" foi até o volume 4, revivendo as mais lindas valsas brasileiras, os tangos, os boleros, as guarânias, os maxixes, os sambas, também estão registrados em discos, mas o meu destaque, a minha alma, a minha melhor interpretação foi sem dúvida a modinha de Carlos Gomes "QUEM SABE" com Dilermando Reis ao violão. O Palmeira, ao ouvi-la, ainda em fita, antes do disco disse: Você estava em estado de graça. Destes meus 39 anos de carreira, fui durante dois anos contratado pela RCA VICTOR, onde gravei três belíssimos LPs. Em seguida voltei para a Continental porque lá havia deixado além de um patrimônio valioso em repertório de músicas gravadas, também meu amor pela Gravadora e muitos amigos que lá ficaram, O tradicional "BAILE DA SAUDADE", e uma criação minha desde 16 de junho de 1966, quando o apresentei pela primeira vez num programa pelo canal 5, então TV.PAULISTA, "CANTANDO COM FRANCISCO PETRONIO".
No ano 1999 lancei 2 CDs pela R.G.E. Discos, meu 43º e 44º CDs com o titulo de "Tributo a Chico Aves" e "Dançando com Francisco Petronio". Neste ano de 2000 já lancei meu 45º CD pela Warner Continental "Nostalgia Dela Terra Nostra", e estou estudando proposta de 3 novas gravadoras para lançar ainda neste ano mais um CD. Não tenho intenção de parar tão cedo, a escassez de cantores românticos, especialmente da chamada "VELHA GUARDA" no Brasil me obriga a permanecer no cenário artístico nacional, pois me considero um dos últimos cantores das músicas românticas Brasileiras e o único que "RESGATA" as músicas inesquecíveis e imortais, num tributo aos verdadeiros cantores da Música Popular Brasileira dos quais sou fiel seguidor, procurando deixar às futuras gerações um legado dos mais românticos e tradicionais, pois ENQUANTO HOUVER SAUDADE HAVERÁ OS ETERNOS SAUDOSISTAS.
Biografia compilada do site do cantor :http://www.petronio.cjb.net/
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