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Biografias

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Agua de Moringa - as Ineditas de Pixinguinha Agua de Moringa - as Ineditas de Pixinguinha

Pixinguinha - no Tempo Dos Oito Batutas Pixinguinha - no Tempo Dos Oito Batutas
PIXINGUINHA

Alfredo da Rocha Viana Filho, Pixinguinha ( 23/041897 -17/02/1973 )  
 
Nasceu no subúrbio de Piedade no Rio de Janeiro, sempre era chamado pela avó de Pizindim, "menino bom" num dialeto africano. Ainda criança contraiu varíola, e por isso o chamavam de Bexiguinha: da mistura dos dois nasceu o apelido Pixinguinha.  
 
Seu pai tocava flauta e assim cresceu ouvindo música com seus irmãos. Iniciou-se no cavaquinho e aos nove ou dez anos já acompanhava seu pai nas festas que este ia tocar. Por 1910 aprendeu os rudimentos da música com César Borges Leitão, que tocava bombardino e era colega de seu pai. Iniciou-se na flauta com seu pai e seu progresso foi tanto que o pai mandou buscar uma flauta de 600 mil réis na Europa.  
 
Em1911 começou a tocar em fins de semana em bailes e quermesses de bairro e fez sua primeira composição: um choro de 3 partes, intitulado Lata de Leite.  
 
Seu primeiro emprego ainda de calças curtas foi no La Concha onde tocava flauta na orquestra do pianista Pádua Machado, em pouco tempo tornou-se conhecido nas noites da Lapa.  
 
Com 15 anos em 1913 estreou na peça "Chegou o Neves" que contava com um dos grandes elencos da época: Cinira Polônio, Brandão Velho, Mercedes Vila, Júlia Martins entre outros. Passou a ser requisitado para tocar em teatros, circos e orquestras de cinema.  
 
Em 1910 e 1911, gravou seus primeiros discos para a Casa Faulhaber como integrante do grupo musical Pessoal do Bloco.  
 
Como solista e autor estreou na Casa Edison, gravando a valsa Rosa e o choro Sofre porque queres (rotulado de tango), solo de flauta acompanhado pelos violões de Donga e Nelson Alves.  
 
Em 1919 obteve grande sucesso com o samba Já te digo ( com China ), lançado pelo grupo Caxangá. Ainda em 1919 fundou o grupo Oito Batutas que logo alcançou grande popularidade e passou a se apresentar em festas elegantes, e em seguida realizou tournes por Paris e Buenos Aires.  
 
Tocando o saxofone que trouxe de Paris passou a atuar em diversas orquestras, como líder, instrumentista e arranjador.  
 
Em 1928, com Donga, organizou a Orquestra Típica Pixinguinha - Donga , conjunto de estúdio criado para gravações na Parlophon. Acompanharam sobretudo os cantores Patrício Teixeira e Benedito Barbosa em diversos discos: Mulher boêmia ( sua autoria ), Vem, meu bem ( Paulo Santos ), Os teus beijos e outros. Ainda em 1928 a Orquestra Típica Pixinguinha -Donga gravou uma de suas composições mais conhecidas o samba -choro Carinhoso, lançado em disco Parlophon.  
 
Apesar de, como compositor, ser em geral identificado exclusivamente com o choro, gravou vários sambas cantados por Francisco Alves, Benicio Barbosa entre outros.  
 
Na Victor foi contratado como músico e arranjador e obteve inúmeros sucessos.  
 
Como flautista solo gravou em 1930 o choro Aguenta, seu Fulgêncio ( de sua autoria) e Segura ele ( Lourenço e Lamartine) , além de Urubu e o gavião sendo essas gravações consideradas um dos pontos culminantes de sua carreira.  
 
Com o grupo Guarda Velha gravaram dezenas de discos na Victor, acompanhando grandes cantores da época como Carmen Miranda, Mário Reis e Silvio Caldas.  
 
Atuou intensamente no teatro Cassino Copacabana por volta de 1933 .  
 
Por volta de 1937 atuou intensamente nas emissoras de rádios cariocas passando por muitas delas. Em maio de 1937 foi feita na Victor a primeira gravação de Carinhoso, com a letra de João de Barro, na interpretação de Orlando Silva, a música fez enorme sucesso.  
 
Em 1946, deixou a flauta definitivamente, trocando-a pelo sax - tenor, são dessa época algumas gravações famosas realizadas em parceria com o flautista Benedito Lacerda: Um zero, Ainda me recordo, O gato e o canário, Descendo a serra e muitas outras. No período de 1946 a 1951, esta parceria realizou 17 discos de 78 rpm, com o total de 34 músicas na R.C.A Victor.  
 
Entre 1952 com a popularidade do bolero e do samba- canção, afastou um pouco do público, voltando triunfalmente em 1954, quando Almirante organizou o primeiro festival da Velha Guarda, que reuniu vários integrantes de antigos grupos.  
 
Em 1956, foi homenageado pelo prefeito Negrão de Lima, que inaugurou a Rua Pixinguinha, em Olaria, onde morava o compositor. No ano seguinte formou a Orquestra Pixinguinha e gravou na Sinter vários LPs: Carnaval de Nássara, Marchinhas Carnavalescas de João de Barro e Alberto Ribeiro e Assim é que é.  
 
Em 1962 fez músicas para a trilha sonora do filme Sol sobre Lama, de Alex Viany, tornando-se parceiro de Vinicius de Moraes.  
 
Acometido de um enfarte em 1964 foi internado em uma casa de saúde . Durante os 20 dias que lá passou compôs inúmeras canções entre elas, Solidão, Mais quinze dias, No elevador, Mais três dias, Vou para casa.  
 
Em 1968, na comemoração de seus 70 anos, foi inaugurada uma exposição retrospectiva de sua vida no Museu da Imagem e Som do Rio de Janeiro. Nessa ocasião foi lançado o Lp Gente da antiga por Herminio Belo de Carvalho para a Odeon, reunindo interpretações suas, de João da Baiana e Clementina de Jesus.  
 
Em 1971, lançou o LP Som Pixinguinha ainda pela Odeon.  
 
A 17 de fevereiro de 1973, foi a igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, para batizar o filho de um amigo. Na igreja teve o segundo enfarte que lhe foi fatal. Seu corpo foi velado no Museu da Imagem e Som e seu funeral teve um coro de mais de 2000 vozes entre amigos e admiradores que cantava Carinhoso.  
 
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim, partes importantes de sua vida e carreira. 
 
 

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