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Biografias |
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Noel Rosa
Noel de Medeiros ROSA (11.12.1910 - 4.5.1937) viu a luz no rio de janeiro, num "chalé modesto" da Rua Teodoro da Silva nº 130, em Vila Isabel, bairro que muito amava, tornaria célebre e onde sempre viveu e faleceu.
Era filho de D. Martha, que mantinha uma escola para crianças numa das salas da residência, e de Manoel de Medeiros Rosa, um homem lutador, que não conseguiu tirar a família do patamar de classe média empobrecida. Noel só teve um irmão, Hélio, quatro anos mais novo, bom de violão, médico e advogado.
De porte pequeno, franzino, com um queixo que o fórceps deixou afundado, desde a infância era notado por sua inteligência, que não fazia muita questão de aplicar nos estudos.
Completa sem maior brilho o curso do Colégio de São Bento e ingressa, em 1931, na Faculdade de Medicina, que pouco freqüenta, pois já devoto do samba e da vida boêmia, atrações invencíveis.
Vinha participando, desde 1929, de violão em punho e cantando, do Bando de Tangarás, com o crédito de várias músicas lançadas e pelo menos um sucesso extraordinário, o samba Com Que Roupa?, em 1930, por ele mesmo gravado.
Daí em diante, pode viver intensa e integralmente o mundo do rádio, das gravações, das editoras, que não separava da agitação dos cafés e dos cabarés, com suas damas da madrugada e muita cerveja gelada.
Sofre amores e os expõe em sambas admiráveis. Fixa como ninguém o cotidiano carioca, a malandragem, a falta de dinheiro, com humor, ironia e lirismo. Tudo em inovadora poesia, sem os preciosismos comuns da época, porem com tanta profundidade que foi reconhecido como o Filósofo do Samba, Poeta da Vila e Sócrates do Samba.
Sua capacidade instantânea para compor o fazia procuradíssimo por quem estivesse com dificuldades numa música qualquer. Perdulário do talento, recebia a todos com a maior boa vontade e concertava, completava ou simplesmente dava, a mancheias, versos e melodias admiráveis. Com isso, há sempre a expectava agradável da identificação de mais uma composição sua não - assinada, em nome apenas de outro, razão pela qual o levantamento numérico de sua obra fica sempre inconcluso.
Noel era generoso também com os seus mil-réis que, embora nunca enchessem o suficiente os seus bolsos, pertenciam liberalmente aos seus amigos.
Casa-se no final de 1934, mas nada muda em sua rotina. Opta por continuar a viver perigosamente em vez de cumprir as recomendações médicas. E se despede da vida sete meses antes de fazer 27 anos.
Noel deixou uma lacuna impreenchível! Uma expressão muito batida, mas que no seu caso, traduz toda a verdade. Se tivesse vivido mais tempo, quando mais não teria feito! Não há quem, conhecendo sua obra, não costume expressar esse lamento em nome da música popular brasileira.
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim, partes importantes de sua vida e carreira.
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