Luiz Bandeira nasceu em Recife/PE em 25.12.1923. compositor e cantor, desde criança conviveu com os ritmos nordestinos, levado pela mãe de criação para as rodas de coco e retretas em praças públicas. Passou parte da infância em Maceió/AL, freqüentando grupos de cegos repentistas nas feiras locais. Iniciou a carreira profissional na Rádio Clube de Pernambuco, da qual era diretor artístico o compositor Nelson Ferreira, que, com os compositores Capiba e Carnera, muito, o incentivou. Trabalhou na emissora como violonista e radioator, e compôs frevos para propaganda, além de fazer parte do conjunto Garotos da Lua, em sua primeira fase, ainda no Recife, como solista de violão. Em 1950, foi para o Rio de Janeiro/RJ, onde, levado por Caribé da Rocha, estreou no Copacabana Palace Hotel, passando a cantar como o conjunto de Moacir Silva. Depois, foi para a Rádio Nacional. No ano seguinte, Manezinho Araújo gravou sua composição Torei o pau, baião-marcha que marcou sua estréia em disco. Ainda em 1951 compôs o sucesso Baião sacudido (com Humberto Teixeira) e em 1954 o samba O que os olhos não vêem. Um ano depois, fez para o Carnaval a Marcha da pipoca (com Arsênio de Carvalho), gravada por Virgínia Lane, cuja letra satírica acabou por causar a sua proibição. Em 1956, compôs Na cadência do samba, utilizada como tema do cinejornal Canal 100, sobre futebol. Também conhecida como "Que Bonito É", um dos versos da música que tornou-se sinônimo de futebol, apesar de não ter sido composta com essa intenção. Dois anos depois O Apito no samba, que mais tarde recebeu letra de Luís Antônio; para o Carnaval desse mesmo ano lançou Madeira de lei (com Renato Araújo), gravada por Heleninha Costa. Para o Carnaval do ano seguinte, fez Recado de Olinda, e em 1960 participou da terceira Caravana Oficial da Música Popular Brasileira, prevista em lei aprovada pelo Congresso, de autoria do então deputado Humberto Teixeira, e que promovia a nossa música no exterior. Na ocasião, apresentou-se com o sexteto de Radamés Gnattali, nas universidades de Coimbra, Portugal, Oxford, Inglaterra, e na Sorbone, em Paris, França, tendo ainda feito apresentações na sede da UNESCO. Retornando ao Brasil, em 1962, conheceu Djalma Ferreira, na boate Drink, com quem compôs no mesmo ano os sambas Agradeço a você, Volta e Eu Voltei. A partir de 1964 passou a diretor artístico da Boate Sky Terrace, do Rio de Janeiro, e em 1975 gravou um disco pela Equipe, reunindo sucessos antigos e composições inéditas, como Marcha do tempo. Entre seus maiores êxitos estão ainda o baião Maria Joana e a canção de ninar Dorme, filhinho (com Ziul Matos). Obras: O apito no samba, samba, 1958; Cafundó (c/ Luís Vieira), baião, 1954; Dorme, filhinho (c/ Ziul Matos), canção; Espera, Maria (c/ Alberto Lopes), choro, 1954; Madeira de lei (c/ Renato Araújo), samba, 1958; Marcha da pipoca (c/ Arsênio de Carvalho), 1955; Maria Joana, baião, 1954; Mistura fina, samba, 1959; Na cadência do samba, samba, 1956; O que os olhos não vêem, samba, 1954; Recado de Olinda, samba, 1958; Santa Luzia, baião, 1956; Toma jeito, João, samba, 1954; Torei o pau, baião-marcha, 1951. No final dos anos 80 aposentou-se e voltou a morar em Recife. Faleceu em 22.08.1998.  
 
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim partes importantes de sua vida e carreira. 
 
Fontes: 
- Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Editora, 1977. 
- Abel Cardoso Junior.  
 
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim, partes importantes de sua vida e carreira.