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Biografias |
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ISAURA GARCIA
Isaura Garcia nasceu em São Paulo/SP em 26.02.191919 e faleceu em 30.08.1993. Cantora. Aos 13 anos, em companhia da mãe (Amélia Pancetti, irmã do famoso pintor), inscreveu-se no programa de calouros A Hora da Peneira Rhodine, da Rádio Cultura, de São Paulo, mas nenhuma das duas chegou a classificar-se. Algum tempo depois, porém, obteve o primeiro lugar num concurso do programa de calouros de Otávio Gabus Mendes, da Rádio Record, em que se apresentou com Camisa listrada (Assis Valente). O êxito deu-lhe oportunidade de participar de um programa especial que reunia calouros selecionados. Em 1938 foi contratada pela Rádio Record, de São Paulo, onde permaneceu toda a carreira. No início, formou também dupla com o cantor Vassourinha, também da Record, para shows e apresentações em circos. Em seu repertório predominavam criações de Carmen Miranda e Araci de Almeida, duas cantoras que influenciaram seu estilo. Sua primeira gravação, um jingle para o saponáceo Radium, despertou atenção para o seu estilo de cantar. Na Columbia, do Rio de Janeiro, gravou em 1941 seu primeiro disco, com Chega de tanto amor (Mário Lago) e Pode ser (Geraldo Pereira e Marino Pinto). No mesmo ano, lançou outros discos com A Baratinha (Antônio Almeida), Eu não sou pano de prato (Mário Lago e Roberto Martins), Aproveita beleléu (Marino Pinto e Murilo Caldas) e O Telefone está chamando (Benedito Lacerda e Popeye do Pandeiro). Seus primeiros êxitos em disco, porém, foram na Victor, em 1942, com Aperto de mão (Meira, Dino e Augusto Mesquita) e Sorriso de Paulinho (Gastão Viana e Mário Rossi), lançados no ano seguinte, quando gravou também Duas mulheres e um homem (Ciro de Sousa e Jorge de Castro). Em 1945 lançou Barulho no morro (Roberto Martins) e no ano seguinte o samba de Aldo Cabral e Cícero Nunes Mensagem, que se tornaria um dos clássicos de seu repertório. Em 1947 lançou com Os Namorados da Lua o samba de Lúcio Alves e Haroldo Barbosa De conversa em conversa, outro grande êxito. Nessa época, apesar de ser uma cantora de São Paulo, tinha popularidade nacional e era uma das estrelas da Rádio Record. Costumava apresentar-se também no Copacabana Palace Hotel e no programa César de Alencar, da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, além de realizar excursões por outros Estados. Também crescente foi o êxito que ia alcançando com suas gravações na Victor: a toada Marrequinha (Denis Brean e Raul Duarte), o choro Velho enferrujado (Gadé e Valfrido Silva) e o baião Pé de manacá (Hervé Cordovil e Marisa Pinto Coelho), cantado em dupla com Hervé, foram os sucessos de 1950. Continuou na Victor até 1956 (tendo, inclusive, gravado uma nova versão de Mensagem) e no mesmo ano transferiu-se para a Odeon, estreando com o samba de Billy Blanco Mocinho bonito. No ano seguinte, gravou seu primeiro LP (10 polegadas) A Personalíssima, com arranjos de Luís Arruda Pais (o título do LP aludia ao cognome que lhe havia sido dado por Blota Júnior, animador da Record). Entre outras faixas destacam-se Mocinho bonito (Billy Blanco), Deixa pra lá (Vinícius de Morais), Contra-senso (Antonio Bruno), Se Deus me desse (Alfredo Borba) e Contando estrelas (Alfredo Borba e Edson Borges). Numa excursão a Recife, em meados da década de 1950, conheceu o organista Walter Wanderley, com quem viria a casar e gravar alguns LPs, entre eles Sempre personalíssima, destacando-se Feiúria não é nada (Billy Blanco) e E daí (Miguel Gustavo); Saudade querida, destacando-se Ninho do Nôno (Denis Brean) e Corcovado (Tom Jobim); A Pedida é samba, destacando-se Palhaçada (Haroldo Barbosa e Luís Reis) e Que é que eu faço (Ribamar e Dolores Duran); Sambas da madrugada, destacando-se Ah! Se eu pudesse (Ronaldo Boscoli e Roberto Menescal); e Atualíssima, destacando-se Errinho à-toa (Ronaldo Boscoli e Roberto Menescal), este de 1963. Em 1969, voltou a gravar, para a Continental, dois LPs: Martinho da Vila/Dolores Duran na voz de Isaura Garcia e Ari Barroso/Billy Blanco na voz de Isaura Garcia, e participou do V Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, São Paulo, defendendo a canção Primavera (Lupicínio Rodrigues e Hamilton Chaves). No ano seguinte, lançou Chico Buarque/Noel Rosa na voz de Isaura Garcia e aposentou-se da Rádio Record, mas continuou a apresentar-se em shows na Igrejinha, na Casa de Badalação e no Tédio, em São Paulo. Em 1973, gravou para a Continental o LP Isaura Garcia, em que se destacavam as faixas Desmazelo (Antônio Carlos e Jocafi), a terceira gravação de De conversa em conversa e de Mensagem. Apesar de excursões ocasionais, nunca deixou de morar em São Paulo.
Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. Popular. São Paulo, Art Editora, 1977. 302p.
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim, partes importantes de sua vida e carreira.
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