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Biografias |
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ZUMBA (José Gonçalves Júnior).
Instr., comp. Timbaúba PE 9/10/1889-Recife PE 7/3/1974. Filho de comerciante, cresceu em ambiente musical, pois a mãe era pianista e a irmã tocava bandolim. Começou a aprender música com a mãe e aos 14 anos passou a estudar com mestre Guinga, regente da Banda Independência, de Limoeiro PE. Aos 17 anos integrou a Banda Independência, tocando clarineta e compôs sua primeira música, o dobrado Antônio Neto. Mais tarde foi mestre da Banda Independência, posto em que permaneceu por dez anos. Transferindo-se depois para Recife, atuou como saxofonista na orquestra de danças Andrelson, organizada pelo violinista João Andrade e pelo maestro Nelson Ferreira. Na época do cinema mudo, tocou em várias orquestras que acompanhavam as projeções. Com o advento do cinema falado, começou a trabalhar em orquestras de navios viajando pelo Brasil e exterior. Teve sua primeira composição gravada em 1934, Não há mais vale, sucesso no Carnaval de três anos depois, em gravação da Orquestra Diabos do Céu, na Victor. Foi convidado por Nelson Ferreira para integrar a Jazz PRA-8; orquestra da Rádio Clube de Pernambuco, tendo também participado do conjunto Gente da Casa, daquela emissora, durante 28 anos. Foi considerado por Guerra Peixe como um dos maiores instrumentistas do Recife e por Gilberto Freire como um dos maiores compositores de frevo, ao lado de Nelson Ferreira e Capiba. Da década de 1940 até 1972, compôs para o Carnaval vários frevos, muitos deles premiados em concursos promovidos pela Federação Carnavalesca de Pernambuco, pelo Departamento de Documentação e Cultura, de Recife, TV Jornal do Comércio e TV Tupi, de Recife. Tem cerca de cem músicas gravadas, estando entre seus frevos mais conhecidos Morena arreliada, de 1932, gravado na Mocambo em 1958 pela Orquestra do Clube da Banda, da Polícia Militar de Pernambuco; Minha bola de ouro, frevo do clube Bola de Ouro, de 1936; Murilo no frevo, gravado em 1941 pela Orquestra Victor Brasileira; Buliçosa, gravado por Passos e sua Orquestra, em 1942, na Victor; A hora é essa (1944), Rebuliço (1945) e Saudades do capitão Zuzinha (1963), gravados na RCA pela orquestra de Zacarias; Recordação de Ceciliano (1949), Furiosa (1950) e Bolindo com os nervos (1954), gravados na Continental pela Orquestra de Severino Araújo, e Alegria do Nordeste, sendo este seu último frevo, feito para o Carnaval de 1972.
Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Ed., 1977. 3p.
O texto acima não representa a biografia completa do artista, mas sim, partes importantes de sua vida e carreira
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